Apesar de estar sempre rodeado por multidões, Jesus em seu ministério terreno deu atenção especial ao seu pequeno grupo de 12 discípulos, que o seguia por onde quer que fosse. Jesus anunciava o Reino de Deus a todas as pessoas, mas era a esse grupo que ele dava as explicações das parábolas do Reino (Mt. 13:36). Enquanto as multidões ouviam a sua pregação e viam seus sinais, os apóstolos, naquele pequeno grupo, desfrutavam do seu ensino mais amplo e da sua comunhão mais profunda. E mesmo dentro daquele grupo, Jesus tinha ainda um grupo menor de três discípulos, formado por Pedro, Tiago e João que faziam parte de um relacionamento ainda mais profundo.
O
Ministério terreno de Jesus durou três anos e Ele investiu neste tempo,
especialmente, no discipulado individual de cada um daqueles homens que
dariam continuidade à sua obra. É interessante perceber o poder do
impacto do investimento num pequeno grupo onde se aprende os princípios
do Reino de Deus. Jesus não formou vários grupos, apesar de haver outras
tantas pessoas, homens e mulheres, que criam Nele. Ele focou no
discipulado através da convivência diária. Aquele pequeno grupo de
discípulos, tão diferentes entre si, foi responsável pela expansão da
Igreja a partir de Jerusalém.
Nos
evangelhos fica também evidente a importância que Jesus dava às casas
como um local para comunhão, ensino e curas. Apesar de ensinar no ar
livre, nas sinagogas e também no tempo, observa-se que quase tudo o que
Jesus fez em seus ministérios foi nos lares.
Comeu e teve comunhão em residências
(Mt. 9:10-13; Mc. 14:3-9; Lc. 5:29-30).
Pregava e ensinava nas casas
(Lc. 5:17-18; 7:36-43; 10:38-41; 14:1-24).
Curou enfermos e expulsou demônios nas casas
(Mt. 8:14-15; Mc. 1:29-34; Mc. 7:24-30).
Enviou seus discípulos aos lares
(Mt. 10:11-13; Lc. 9:4; 10:5-7).
Ressuscitou mortos em seus lares
(Mt. 9:23-25; Mc. 5:37-42; Lc. 8:51-55).
Perdoou pecados em casas
(Mc. 2:1-5; Lc. 7:36-48).
Na casa de certo homem celebrou a última ceia
(Mt. 26:18).
Jesus
deu prioridade às casas. Quando o centurião romano lhe rogou pelo seu
servo que estava doente, ele prontamente se dispôs a ir em sua casa (Lc.
7:1-10). Quando Jairo, o chefe da sinagoga lhe rogou por seus filha que
estava à beira da morte, Ele o acompanhou até a sua casa (Lc. 8:40-41).
Quando Zaqueu do alto de uma árvore tem um encontro com o Messias, para
sua surpresa, ouve dele: "... hoje me convém pousar em tua casa (Lc.
19:1-10). Contrariando a cultura e o preconceito judaicos, Jesus tinha
prazer de estar nos lares, de quem quer que fosse, gentio ou judeu, para
anunciar o Reino e operar milagres.
Quando
Ele disse que onde estivessem dois ou três reunidos em seu nome, Ele
estaria presente (Mt. 18:20), estava mostrando ao seus discípulos que
não privilegiava ou abençoava apenas as grandes concentrações, mas
manifestava a sua presença e seu poder também nos pequenos grupos.
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